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Osteoporose na boca

Medidas preventivas para impedir que a perda óssea prejudique a saúde dos dentes

 

A osteoporose é uma doença metabólica que causa redução do trabeculado ósseo e do osso cortical.

Pode-se manifestar com dores crônicas e múltiplas fraturas, muito comuns no pulso, quadril e tornozelo. Com o aumento da expectativa de vida, do sedentarismo e do consumo de açúcar, a osteoporose tem se tornado uma doença comum e já não é privilégio só de ossos longos, como o fêmur, e das vértebras. Na boca, podem ocorrer alterações da maxila e mandíbula, principalmente em áreas nas quais houve perda de dentes.

Antigamente, acreditava-se que a perda óssea da maxila e da mandíbula era provocada somente por fatores locais, como a perda dos dentes, infecções, cistos tumores, ou através da carga de mastigação sobre as gengivas pelas próteses e dentaduras. Porém, pesquisas científicas indicam relações diretas entre a osteoporose e a reabsorção dos rebordos alveolares (osso abaixo das gengivas) das áreas sem dentes. A diminuição desse tipo de osso interfere na colocação de próteses e implantes. Se for associada a problemas periodontais, a perda óssea será ainda mais grave. Assim como a osteoporose pode ter manifestações bucais, o inverso também é válido: quando o cirurgião-dentista observa perda óssea na mandíbula, pode estar diante de um sinal para investigar a doença.

Pesquisadores sugerem que a perda de osso alveolar (osso que segura os dentes), com o avanço da idade, e que é causadora de perda dental, realmente pode ser uma manifestação da osteoporose. A falta de dentes é comum em pessoas com mais de 50 anos e também propensas á osteoporose. Nessa faixa etária, é importante que a pessoa faça o tratamento da doença antes de pensar em fazer implantes, pois o sucesso desse procedimento depende do estado e da capacidade de cicatrização de osso em volta da peça implantada, ou seja, a sua osseointegração. A diminuição do osso trabeculado e de sua área de contato com o implante poderá levar á sua perda.

Existem opções para aumentar a quantidade e a qualidade do osso, antes de um implante, Essas opções vão desde o revestimento do titânio do implante com hidroxiapatita até enxerto de osso bovino liofilizado ou polietileno poroso na área, entre outras. O cirurgião-dentista deve avaliar clínica e radiograficamente a possibilidade de fazer implante no local desejado, caso a pessoa tenha histórico de osteoporose. A osteoporose é uma condição que pode afetar a densidade óssea alveolar, mas não representa fator de risco na implantodontia, caso haja quantidade óssea suficiente na região receptora.

É fundamental impedir que a osteoporose do corpo desencadeie a osteoporose bucal. Para isso, é importante o acompanhamento feito pelo dentista e os exames radiográficos de rotina. Outras medidas preventivas são as seguintes:

»    Eliminação do cigarro e do álcool.

»   Prática de exercício físico, de preferência ao ar livre, em horários que dispensem o uso do protetor solar, para facilitar a absorção de vitamina D.

»      Ingestão de alimentos ricos em minerais.

»      Diminuição do uso de açucare, no caso das mulheres na menopausa, o controle hormonal.

 

Fonte: Revista Vida e Saúde – edição de janeiro/2008



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